21 fevereiro 2006

Tô de volta. Férias na casa da mamãe. Muito iogurte, comida de primeira, redução drástica dos cigarros, aquela devoção materna que nem me constrange mais (ela ama demais, aquela mulher, jesus!) um bocado de literatura (enfim Thomas Mann, A Montanha Mágica) e um retorno a Nietzsche, que deve culminar num artigo nos próximos dias (pra consolidar de vez minha opinião de que toda aquela iconoclastia está a serviço de um conservadorismo radical, nada do grande libertário que alguns dos meus colegas anarquistas vêem).

A semana ficou marcada pela absolvição do coronel (acho q era coronel) que ordenou a invasão do Carandiru quando do massacre. A sentença rezava que ele agiu cumprindo ordens, portanto deveria ser inocentado. Assim, sem o menor constrangimento, na cara dura mesmo. Eles não precisavam se preocupar em apresentar desculpas bem pensadas, pq sabiam que contariam de ante-mão com o conservadorismo de certos setores da sociedade que repete salivante e com "sede de justiça" que "bandido bom é bandido morto".


No mais, tenho me sentido tanto mais honesto quanto menos me movo. Há um sorriso calmo nisso. Uma resignação reconciliadora. Aqui, ninguém está dançando, e está tudo muitísismo bem.